terça-feira, 17 de setembro de 2013

Deixo sair.

E eu que achava tão legal
você esquecer seus lábios nos meus
ainda me sinto muito mal  
lembrando de ter lhe dado adeus
como pude ser tão fraco
por um tempo eu lhe tive nos braços
e sem enxergar um maldito buraco te deixei cair
sem saber o que estava perdendo
agora me arrependendo
boca, pernas, mãos tremendo

deixo esse poema sair.

A noite é mais difícil.

A noite é severa!
adentro uma madrugada
fria que congela,
tudo pela rua se aquieta,
só se ouve o cavalgar
do coração de um poeta.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Coisas que ficam para trás.

Sabemos que se vamos pra frente
Algo sempre fica pra trás
É inevitável, e mesmo sabendo disso dói
Sempre dói, e a cada vez a dor é pior

Sabemos que a cada passo pra frente
É um mais perto do final, cada vez mais perto
Da famosa “luz no fim do túnel”
É disso que eu sei, e tenho certeza.

Agora, da vida? Da vida não sei!
Quase não sei nada dela
Sei que ela vem e que se vai
E que pessoas passam por ela.

Algumas passam pra me dizer oi
Já outras, permanecem por um tempo
Tem outras que se esquecem de ir embora
existem várias que não vejo à tempos.

Talvez porque andei pra frente,
Talvez por ser tarde de mais
talvez por ser algo que estava a minha frente

e de tanto tentar alcançar acabou ficando pra trás.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

O homem só.

Sentado, sozinho, jogado ao meio-fio ele vê a vida passar,
pensando em todas as coisas que poderia ter feito,
pensando em tudo que poderia ter sido
e desejando, desejando ser diferente.
Escorregando agora, ele quase que se deita,
o dia já nascendo, as pessoas aparecendo,
ele imaginando.
Vendo agora tantas outras vidas passar,
embora as outras que vê estão sendo vividas.
Coberto de papelão e os olhos quase fechados
tenta focar a sua pela ultima vez... aperta bem os olhos,

Lá vai ela!... Sozinha, cambaleando de bêbada, se foi...

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Desejos diários

Mãos nas mãos
e o corpo estremece todo,
boca seca, pulso rápido
e o coração que parece ter vida própria.
O corpo colado, já não mais tão tremulo quanto antes,
tentando conter os calafrios abraço forte, sem querer soltar.
Os olhares se cruzam, um encara o outro sem saber o que fazer, 
os 3 segundos mais longos da minha vida,
e os rostos tímidos avermelhados voltam para o abraço,
um pouco mais desconcertados, a quanto tempo espero por este beijo?
E se despedem com a angústia no peito de um dia ser tarde demais.
Mãos nos bolsos, olhar pro chão, e o pensamento nela.